Arroz, feijão, carne e legumes. Essa é uma típica refeição no prato dos brasileiros.
Uma pesquisa de orçamentos familiares feita pelo IBGE concluiu que cada brasileiro tem disponível em casa, em média, alimentos que correspondem a 1,8 mil calorias por dia. Na zona rural, são 2,4 mil. E para quem mora nas cidades, 1,7 mil. A FAO, organização para alimentação e agricultura, recomenda 2,1 mil calorias diárias por pessoa. Já a OMS, Organização Mundial de Saúde, 2.288.
Segundo o IBGE, o brasileiro tem uma dieta equilibrada. Quase 60% das calorias disponíveis nas residências vêm de carboidratos, presentes no arroz, no feijão, no trigo e na batata; 27,6% de lipídios, as gorduras animais e vegetais, e 12,8% de proteínas, que estão na carne de gado, no frango, no peixe, no leite e derivados. Índices dentro dos padrões recomendados.
A má notícia fica por conta do consumo excessivo de açúcar: 13,7% do total, contra um máximo de 10% recomendado pelas tabelas de nutrição.
A dieta mais desbalanceada foi notada na faixa mais alta de rendimento. Para quem ganha cinco salários mínimos ou mais, o consumo médio de gorduras chega perto dos 34% do total. O índice máximo, recomendado pela OMS, é de 30%.
A pesquisa também traça um perfil do estado de nutrição dos brasileiros, quantos estão abaixo e também acima do peso considerado ideal. O estudo mostra que, em média, 4% dos brasileiros adultos estão abaixo do peso ideal: o equivalente a 3,8 milhões pessoas. Os especialistas consideram que um índice de até 5% de pessoas abaixo do peso é normal.
No Brasil, há dois grupos que superam o índice considerado normal na população, de até 5% de magros. O primeiro é formado por mulheres da zona rural do Nordeste: segundo a pesquisa, 7,2%, ou seja, 214.490 estão magras.
No segundo grupo estão as mulheres mais jovens: o estudo mostra que 12,2% estão abaixo do peso. Mas em ambos os casos não é possível saber exatamente quantas estão desnutridas. Muitas podem estar com o corpo ainda em formação ou a explicação pode estar no medo exagerado de engordar.
Outra descoberta da pesquisa é que enquanto o índice dos que estão abaixo do peso ideal, de 4%, é menor do que os 5% considerados normais, 40,6%, ou seja, 38,8 milhões estão acima do peso. Dessa fatia, 11,1% são considerados obesos, o equivalente a 10,5 milhões de pessoas.
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